1. Calígula: O Império Sob o Terror
Um dos nomes mais lembrados quando se fala de crueldade no Império Romano é o de Calígula, o terceiro imperador romano. Seu governo foi curto, de 37 a 41 d.C., mas suficiente para incitar pavor e causar grande devastação. Calígula começou seu reinado de maneira promissora, mas logo se revelou um tirano implacável. Conhecido por sua loucura, ele ordenou a execução de membros de sua própria família e de senadores sem motivo aparente. Seus atos de crueldade iam além das execuções: dizem que ele nomeou seu cavalo, Incitatus, como cônsul, uma clara zombaria das instituições romanas. A história também conta que ele se divertia com a tortura e execução de prisioneiros, e até mesmo forçou os cidadãos a adorá-lo como um deus vivo.
Curiosidade: Calígula também foi responsável pela construção de um "palácio flutuante" no mar, com a intenção de impressionar seus súditos, mas muitos acreditam que essa foi uma estratégia para dar vazão à sua obsessão por poder e controle.
2. Nero: O Imperador Psicótico
Outro imperador infame por sua crueldade foi Nero, governante de 54 a 68 d.C. Nero é lembrado principalmente por seu comportamento errático e pela perseguição brutal aos cristãos. Um dos episódios mais marcantes de seu governo foi o grande incêndio de Roma em 64 d.C., que devastou boa parte da cidade. Embora haja controvérsias sobre se Nero teria realmente iniciado o incêndio, a história conta que, enquanto Roma ardia, ele teria tocado sua lira e cantado sobre a queda de Tróia, o que alimentou ainda mais sua reputação de déspota insensível.
A perseguição aos cristãos foi uma das marcas mais cruéis de seu reinado. Nero mandou prender e executar milhares de cristãos, muitos dos quais foram usados como "tochas humanas" em seus banquetes.
Nero também ficou conhecido por sua obsessão em se apresentar como artista. Ele realizava apresentações de música e poesia para as elites romanas, forçando-as a assistir, e muitos historiadores acreditam que ele via a si mesmo como uma espécie de deus da arte.
3. Comodo: O Imperador Gladiador
Comodo, que governou de 180 a 192 d.C., é outra figura histórica conhecida por sua crueldade e egocentrismo. Comodo foi o filho de Marco Aurélio, um dos imperadores mais respeitados da história romana, mas seu reinado contrastou drasticamente com o de seu pai. Comodo era obcecado pela ideia de ser um grande gladiador e frequentemente se apresentava nas arenas, combatendo escravos e prisioneiros em lutas simuladas, o que ele considerava uma forma de glorificar seu próprio poder.
Além disso, Comodo ficou famoso por sua brutalidade em eliminar qualquer um que o desafiasse. Ele mandou matar senadores, oficiais militares e até membros de sua própria família, tudo para garantir sua autoridade. Sua crueldade se estendia ao ponto de ele colocar seu nome nas constelações, acreditando que era uma reencarnação de Hércules.
Durante um dos seus combates, Comodo matou animais selvagens e prisioneiros de guerra, muitos dos quais eram gladiadores. Ele também se autoproclamou "Hércules Romano", vestindo-se com a pele de um leão e se apresentando como um herói mitológico.
4. Carus: O Imperador Impiedoso
Carus, que governou de 283 a 285 d.C., é um exemplo de um imperador cujos atos de crueldade não são tão conhecidos quanto os de Nero ou Calígula, mas que igualmente deixaram um legado sombrio. Durante seu curto reinado, Carus ordenou a execução em massa de várias facções políticas e militares que se opunham ao seu governo. Seu reinado também foi marcado pela severidade com que tratava os prisioneiros de guerra, ordenando suas execuções sem julgamento e sem piedade. Sua brutalidade em campanhas militares e suas políticas de repressão interna são lembradas como algumas das mais desumanas de sua época.
Durante uma campanha militar no Oriente, Carus morreu sob circunstâncias misteriosas. Alguns relatos indicam que ele teria sido atingido por um raio, o que foi visto por muitos romanos como um sinal de que os deuses estavam punindo sua crueldade.